segunda-feira, 9 de novembro de 2009

1989 UM ANO MARCANTE


O ano de 1989 foi sem dúvida um dos mais marcantes da história, principalmente para umageração de jovens, que na época, assim como eu, estávamos com 14 a 18 anos. Estávamos aprendendo e dando os primeiro passos em nossas vidas políticas. Começávamos a nos interessas por este tema.

1989 foi o ano que marcou o fim da chamada “Guerra Fria”, conflito criado a partir de 1945 entre Estados Unidos e União Soviética, ou melhor, Capitalismo versus Socialismo. Dois modelos comandados pelas duas potências mundiais na época e que literalmente dividiram o mundo em dois.

Para nós, no Brasil, este foi um ano de retomada da democracia, pois pela primeira vez, após a ditadura militar (1964-1985) o povo votaria para escolher o Presidente da República. Esta campanha eleitoral mobilizou toda população, principalmente a juventude, que votaria pela primeira vez aos 16 anos. Todos queriam mudança, não suportávamos mais governos militares e sua opressão. Talvez por isso, falta de conhecimento e a ânsia de votar para presidente, fez com que escolhêssemos Fernando Collor de Melo, que logo em seguida sofreria impecheament acuado de corrupção.

Em nível mundial, o ano marcou a queda do muro de Berlin, que dividiu o mundo entre leste e oeste, capitalismo e socialismo, esquerda e direita. No dia 09 de novembro, há exatos 20 anos, o muro caía e a RDA (Alemanha Oriental) abria suas fronteiras para o mundo. A queda do muro mostrou o colapso do Socialismo no mundo. Logo após este episódio, todos os regimes comunistas do chamado leste europeu ruíram. Tchecoslováquia, Polônia, Romênia, Hungria e principalmente a União Soviética passaram por profundas transformações.

O ano foi marcante, pois além de decretar o fim da Guerra Fria e a ameaça de uma terceira guerra mundial, tivemos o fim da URSS, em 1991 e a unificação da Alemanha em 1992.

Hoje comemoramos a queda do muro de Berlin, como marco de uma nova era, porém, a pergunta que deve ser feita neste momento é: O mundo melhorou a partir de 1989? As guerras acabaram? A miséria no mundo terminou?

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

QUER FUMAR, FUME, MAS NÃO PREJUDIQUE A VIDA DOS OUTROS.


A governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius, sancionou esta semana a lei que restringe o cigarro em ambientes coletivos. Essa lei inspirou-se numa legislação paulista já em vigor, porém, aqui no sul, as novas normas, além de serem mais brandas, ameaçam se tornar inócuas caso não haja regulamentação e fiscalização. O problema é que a lei gaúcha não prevê multas e também não indica os responsáveis pela fiscalização. Em São Paulo, a punição para estabelecimentos pode chegar a quase R$ 1,6 mil.

De qualquer forma essa lei é um avanço no combate ao fumo e em defesa da vida. Além disso, a mesma fará com que todos nós, pelo menos, possamos refletir mais uma vez sobre os malefícios que o cigarro traz para a nossa sociedade. Não vamos aqui falar sobre esses malefícios, pois todos já sabemos a “desgraça” e “destruição” que o cigarro causa no organismo das pessoas.

Mas a lei que restringe o fumo vem para comprovar que o fumante, hoje em dia, está tornando-se uma “persona non grata” em nossa sociedade. Ele próprio está conseguindo se excluir do convívio social. Muitos podem interpretar isso como discriminar ou até preconceito contra os fumantes. Penso que se existem tantas campanhas contra o fumo, é por que a situação tornou-se insuportável e o mais importante é defender a saúde e a vida da população.

Quem fuma pode até dizer: “fumo por que quero e faço o que bem entendo de minha vida”. Ótimo, todos concordam com isso. Porém, não esqueça que sua liberdade termina onde começa a do outro. Quer fumar, fume, mas longe das pessoas e de preferência bem isolado, justamente para não prejudicar a saúde de quem não fuma. Se prejudique sozinho, morra aos poucos, mas sozinho, sem levar ninguém consigo.

O fumante é uma pessoa doente, viciado e portando deve ser tratado e receber o apoio de amigos e familiares, mas desde que mostre interesse em largar o vício. O fumante não percebe, mas ele acaba afastando as pessoas que lhe cercam, não só pelas suas atitudes, mas também pelo seu odor, pois o mesmo exala nicotina pelo hálito, roupas e corpo. Ou seja, o próprio fumante se auto discrimina perante a sociedade. Você que é fumante, acha que tem condições de orientar seu filho sobre prevenção às drogas, já que você mesmo não dá o exemplo? Foi-se o tempo que fumar era moda e glamour. Foi-se o tempo dos filmes onde o mocinho sempre aparecia com um cigarro na boca. Foi-se o tempo das propagandas de cigarro com motivos aventureiros e esportivos. Hoje os tempos são outros. Hoje o que motiva a nossa sociedade são as coisas saudáveis e que trazem benefício para a vida. Quem não se encaixar nestes novos tempos, com certeza irá se excluir.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

CRASCH DE 29: CRISE DO CAPITALISMO


Nesta quinta-feira, 29 de outubro, marca os 80 anos do início da maior crise econômica da história atual até então. A famosa Grande Depressão, ou Crise de 29, ou ainda, o Crasch da Bolsa de Nova Yorque.

Terminada a primeira guerra mundial, em 1918, os Estados Unidos da América se consolida como a nação mais rica do planeta. Grande produtor de automóveis, aço, máquinas, petróleo, carvão e comida enlatada. País que adapta-se muita bem ao processo da Revolução Industrial, iniciado na Inglaterra e exemplo para o mundo todo do capitalismo e liberalismo econômico. O mundo invejava o modo de vida norte-americano, o “American Way of Life”.

Porém, como é característica do capitalismo, o consumo aumenta e a indústria produzia cada vez mais. As ações estavam cada vez mais valorizadas. Porém, esse entusiasmo logo se desfez. A produção foi tanta, que não se tinha mais para quem vender os produtos. Resultado, a ação na bolsa começa a perder seu valor, nessa que ficou conhecida como a maior crise econômica do capitalismo.

Entre os fatores dessa crise podemos destacar:

Superprodução agrícola: formou-se um excedente de produção agrícola nos EUA, principalmente de trigo, que não encontrava comprador, interna ou externamente.

-Diminuição do consumo: a indústria americana cresceu muito; porém, o poder aquisitivo da população não acompanhava esse crescimento. Aumentava o número de indústrias e diminuía o de compradores. Em pouco tempo, várias delas faliram.

Livre Mercado: cada empresário fazia o que queria e ninguém se metia.

Quebra da Bolsa de Nova York: de 1920 a 1929, os americanos compraram ações de diversas empresas. De repente os valores das ações começaram a cair. Os investidores quiseram vender as ações, mas ninguém queria comprar.

Muitos empresários não sobreviveram à crise e foram à falência, assim como vários bancos que emprestaram dinheiro não receberam de volta o empréstimo e faliram também. A quebra da bolsa trouxe consigo o medo, desemprego, falência e até mesmo suicídios de pessoas milionárias e que perderam tudo da noite para o dia.

A crise que atinge o mundo todo começa a ser superada só em 1933, quando o presidente norte-americano Roosevelt elabora o plano New Deal (novos tempos). O Estado passou a vigiar o mercado, disciplinando os empresários, corrigindo os investimentos arriscados e fiscalizando as especulações nas bolsas de valores. Outra medida foi à criação de um programa de obras públicas. O governo americano criou empresas estatais e construiu estradas, praças, canais de irrigação, escolas, aeroportos, portos e habitações populares. Com isso, as fábricas voltaram a produzir e vender suas mercadorias. O desemprego também diminuiu. Além disso, o New Deal criou leis sociais que protegiam os trabalhadores e os desempregados.

Os efeitos econômicos da depressão de 30 só foram superados com o inicio da Segunda Guerra Mundial, quando o Estado tomou conta de fato sobre a economia ajudando a ampliar as exportações. A guerra foi então, uma saída natural para a crise do sistema capitalista.