quinta-feira, 29 de outubro de 2009

CRASCH DE 29: CRISE DO CAPITALISMO


Nesta quinta-feira, 29 de outubro, marca os 80 anos do início da maior crise econômica da história atual até então. A famosa Grande Depressão, ou Crise de 29, ou ainda, o Crasch da Bolsa de Nova Yorque.

Terminada a primeira guerra mundial, em 1918, os Estados Unidos da América se consolida como a nação mais rica do planeta. Grande produtor de automóveis, aço, máquinas, petróleo, carvão e comida enlatada. País que adapta-se muita bem ao processo da Revolução Industrial, iniciado na Inglaterra e exemplo para o mundo todo do capitalismo e liberalismo econômico. O mundo invejava o modo de vida norte-americano, o “American Way of Life”.

Porém, como é característica do capitalismo, o consumo aumenta e a indústria produzia cada vez mais. As ações estavam cada vez mais valorizadas. Porém, esse entusiasmo logo se desfez. A produção foi tanta, que não se tinha mais para quem vender os produtos. Resultado, a ação na bolsa começa a perder seu valor, nessa que ficou conhecida como a maior crise econômica do capitalismo.

Entre os fatores dessa crise podemos destacar:

Superprodução agrícola: formou-se um excedente de produção agrícola nos EUA, principalmente de trigo, que não encontrava comprador, interna ou externamente.

-Diminuição do consumo: a indústria americana cresceu muito; porém, o poder aquisitivo da população não acompanhava esse crescimento. Aumentava o número de indústrias e diminuía o de compradores. Em pouco tempo, várias delas faliram.

Livre Mercado: cada empresário fazia o que queria e ninguém se metia.

Quebra da Bolsa de Nova York: de 1920 a 1929, os americanos compraram ações de diversas empresas. De repente os valores das ações começaram a cair. Os investidores quiseram vender as ações, mas ninguém queria comprar.

Muitos empresários não sobreviveram à crise e foram à falência, assim como vários bancos que emprestaram dinheiro não receberam de volta o empréstimo e faliram também. A quebra da bolsa trouxe consigo o medo, desemprego, falência e até mesmo suicídios de pessoas milionárias e que perderam tudo da noite para o dia.

A crise que atinge o mundo todo começa a ser superada só em 1933, quando o presidente norte-americano Roosevelt elabora o plano New Deal (novos tempos). O Estado passou a vigiar o mercado, disciplinando os empresários, corrigindo os investimentos arriscados e fiscalizando as especulações nas bolsas de valores. Outra medida foi à criação de um programa de obras públicas. O governo americano criou empresas estatais e construiu estradas, praças, canais de irrigação, escolas, aeroportos, portos e habitações populares. Com isso, as fábricas voltaram a produzir e vender suas mercadorias. O desemprego também diminuiu. Além disso, o New Deal criou leis sociais que protegiam os trabalhadores e os desempregados.

Os efeitos econômicos da depressão de 30 só foram superados com o inicio da Segunda Guerra Mundial, quando o Estado tomou conta de fato sobre a economia ajudando a ampliar as exportações. A guerra foi então, uma saída natural para a crise do sistema capitalista.

Um comentário:

  1. Gostei do blog professor, ótima fonte de informação, feita de maneira clara e objetiva. "Nenhum animal reflete sobre o passado ou projeta o futuro, coisa que o ser humano é capaz de fazer". Agradeço por compartilhar conosco informações valiosíssimas, ampliando assim o conhecimento. Abraço!
    Ismael

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